A cloroquina e a hidroxicloroquina estão entre os medicamentos mais comentados nos últimos meses, devido à discussão sobre a sua eficiência no combate ao Coronavírus. Ambas são utilizadas principalmente no tratamento de malária, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e fase crônica chikungunya, se diferenciando um do outro apenas pelo fato de que a hidroxicloroquina é considerada mais segura em relação aos efeitos adversos.
Quando se utiliza em dosagem não controlada para um determinado fim, a substância causa um dano primário nos fotorreceptores maculares e lesão secundária do epitélio pigmentar da retina. Um dos sintomas, é a perda de campo visual paracentral, seguido da pigmentação macular anormal, alteração eletrofisiológica e perda do reflexo foveal.
A toxicidade por hidroxicloroquina dependem da dose diária, duração de uso e de fatores de risco que ajudam aumentar a possibilidade da maculopatia, como em usuários com problemas renais, no uso de tamoxifeno (medicação utilizada no tratamento de câncer de mama) ou mesmo com outras maculopatias já existentes.
DICA DE OURO
Algo que precisa ser considerado que com avaliação profilática adequada, o risco de toxicidade torna-se MÍNIMO, porém quando o dano aparece ele é irreversível e a progressão retiniana continua mesmo após suspensão da droga.
Diante disso o uso da dosagem correta é essencial e deve ser administrada apenas com a orientação de um profissional de confiança, além da necessidade de um acompanhamento com um retinólogo durante o período de uso da cloroquina e o busque sempre que perceber qualquer alteração na sua visão!